A Estante #3: Garganta Vermelha (Jo Nesbø)

Fala, galera bonita; aqui quem vos agrada hoje é o seu Servente favorito. E hoje, com um ar meio noir (foi uma boa rima interna, vai), trago uma verdadeira obra de arte pelo mestre do romance policial norueguês, Jo Nesbø; um dos escritores mais aclamados pela Europa atualmente. Seu primeiro livro, um romance policial protagonizado por Harry Hole foi muito bem recebido na Noruega, não demorando muito até se espalhar pelo resto do continente. Ainda, seu primeiro livro conquistou o prêmio Glass Key de melhor romance nórdico de 1998. Como se já não bastasse todos os prêmios e boas recepções por cada vez mais gente, Garganta Vermelha (Rødstrupe) foi eleito o melhor romance policial de TODOS OS TEMPOS pelos leitores noruegueses. Não é pra qualquer um, hein.

Comecemos, então, pelo enredo. Garganta Vermelha não é para os fracos; enxuto, ainda que complexo, a trama protagonizada pelo inspetor policial Harry Hole (um personagem meio Sherlock Holmes, só que bem menos carismático) encontra-se envolta em uma fumaça espessa de puro mistério e plot twists. O livro divide-se em dez partes, com títulos extremamente simbólicos e de uma intertextualidade incrível. É recomendado que o leitor tenha certos conhecimentos sobre a  2ª Guerra Mundial, a Noruega, e até conhecimentos bíblicos.

O livro começa com um belo trecho, aparentemente desconexo e sem contexto; um pensamento solto e aleatório, que faz cada vez menos sentido conforme as páginas são folheadas. Trata-se de uma explicação mitológica para a aparência de um pássaro, o pisco-de-peito-ruivo (vulgarmente chamado de “garganta vermelha”). Agora, o que esse pássaro tem a ver com neonazistas, armas perigosas e um inspetor policial norueguês? Mistério, meu caro. Mistério.

A estória gira em torno de um soldado, Daniel Gudeson, que é dado como morto durante a 2ª Guerra, em alguma trincheira nos quintos do Inferno gelado de Leningrado. Entretanto este soldado reaparece, dois anos depois, em um hospital vienense. O oficial se apaixona por Helena, uma enfermeira; e quando é convocado para voltar ao serviço, ambos fogem para a Hungria. Avançando no tempo, 1999, Harry Hole tem  que invesigar uma rede de tráfico de armas relacionada a neonazistas. 2000: Um homem é encontrado com a garganta sirurgica e precisamente cortada.

O autor, Jo Nesbø, é um mestre na arte de contar os fatos de maneira tão superficial e, ao mesmo tempo, profunda. Ele dá ao leitor a oportunidade de ver os fatos pelos olhos do personagem, entretanto Jo dá apenas a visão. É como se você ambém pertencesse à trama, pensando paralelamente a Harry Hole. O livro é uma ótima escolha para aqueles que curtem aquele lance de mistério e casos policiais até sobrenaturais; tem a sua porção de ação, romance e sacadas geniais. 539 páginas de puro suspense e mistério, que valem à pena serem lidos.

E para aqueles que quiserem mais, há ainda outros livros que acompanham Harry Hole em sua trajetória. Aguardem por um futuro post de A Estrela do Diabo, a continuação cronológica de Garganta Vermelha.

Baboseiras do Barman: Todas as formas de amor

Booooooooooooníssimo dia, tarde, noite ou éon, meu caro leitor! Como vai o senhor? Curtindo esse fim de domingo, assistindo o Faustão lendo um livro, é claro! Eu te conheço! Mas vim aqui te interromper para falar de um assunto que afeta a todos nós: O amor!

Sim sim, meus caros, essa força mágica que, como diria Dumbledore, nos une e nos torna pessoas melhores!

Mas o amor tem muitas formas, então… Falemos de uma que é constantemente marginalizada e que está em voga por causa das G-E-N-I-A-I-S declarações do atual Presidente da Comissão de “Direitos Humanos” Marco Feliciano, um dos maiores expoentes da Jesuscracia estúpida que o Brasil vive e que, aliás, não representa nenhum de nós aqui do Pub.

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“Como se fossem qualquer pessoa ~normal~”
Ai ai, o Brasil…

Pois bem, imbuídos do senso de humanidade que falta ao nosso compatriota que nos “representa”, nós do Pub vamos falar hoje sobre alguns casais gay não assumidos da ficção e dar uma força pra eles “saírem do armário” e mostrar que não há nada de errado em ser quem quer que você seja! Que venham os primeiros noivos!

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Ênio à esquerda e Beto à direita

Como já dissemos aqui, o amor vem em todas as formas, inclusive estufado de estufado e sustentado por varetas, como é o caso de nossos amigos Ênio e Beto!

Dividindo um quadro (e um quarto) na Vila Sésamo desde 1969 (foram os primeiros moradores de lá), esses dois primos dos Muppets, também criados por Jim Henson, mantém um dos relacionamentos mais estáveis que já vi: Beto (no original Bert, interpretado por Frank Oz, o mesmo intérprete de Yoda e Miss Piggy) e Ênio (interpretado por Jim Henson, o mesmo de Garibaldo e do finado Sapo Caco, agora conhecido também em terras tupiniquins como Kermit) possuem um entrosamento perfeito! Afinal, depois de 44 anos lendo histórias um para o outro, dividindo um patinho de borracha e identificando até mesmo os pares de meia do parceiro, quem não teria?

Acredito que Ênio e Beto não assumem seu relacionamento publicamente por um simples fato: não precisam. É de se esperar que em um mundo utópico como a Vila Sésamo já se tenha superado esse tipo de rótulo e necessidade. Mas bem que o Ênio podia fazer as sobrancelhas do Beto, né? Bem, de qualquer maneira, dispensadas as formalidades, vamos aos próximo casal!

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Frodo e Sam! Os Hobbits mais famosos da história.

E dessa vez teremos uma história trágica, meus caros.

Frodo e Sam, vivendo em uma sociedade politicamente utópica, porém meio arcaica em termos sociais, O Condado, durante a primeira época de suas vidas, reprimidos, viveram como bons amigos, mas um laço forte como o deles logo se tornaria mais forte, e bastou uma ameaça de hecatombe para a flor do amor desabrochar.

Foi só quando se viram sozinhos no meio selvagem que Frodo e Sam realmente se permitiram estar juntos, porém… Poucas coisas intensas como a deles duram muito, e os infortúnios logo surgiram, e O Anel a tornar Frodo intratável foi o menor deles.

Surgiu Gollum, e com ele o descaso de Frodo e os ciúmes de Sam, que apesar de tentar de todas as maneiras que conhecia, inclusive  seu famoso ensopado de coelho, não conseguiu chamar a atenção de Frodo, e se viu descartado… Deve ter sido a falta de BA-TA-TAS no ensopado. Só pode.

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Um dos últimos momentos de Frodo e Sam juntos

Mas mesmo com o fim do Anel e de Gollum, o dano estava feito. Sam partiu pra outra e acabou por se casar com Rosinha, uma bela  Hobbit, enquanto Frodo, apesar de restituída a amizade de antes da viagem, ainda sentia o peso e a culpa de seus atos, viveu sozinho até que surgiu a oportunidade de se mudar para longe de Sam, para além-mar, a única maneira de esquecê-lo…

Triste… Bem, deixemos de coisa e cuidemos da vida! Vamos a mais um casal!

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Dessa vez o amor não teve nem uma chance! Naruto e Sasuke estiveram sempre em rota de colisão. Um lutando pela justiça, outro pelos próprios interesses e cego de ódio… Não tinha como dar certo.

Desde pequenos esses dois tinham seus atritos no estilo “morde e assopra”, querendo sempre melhorar um pelo outro, mas o tempo todo discutindo, lutando… Até que um dia Sasuke simplesmente foi embora buscando poder e deixou Naruto sozinho e procurando por ele, tentando cumprir a promessa de nunca se separar, tentando ajudar Sasuke a ver além de seu ódio…

É, não era pra ser.

Mas chega de tristeza! Vamos ao último casal!

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“DIGA NÃO À ROBOFOBIA”
Uma campanha do Pub!

O último casal de hoje é o que inspirou esse post: R2D2 e C3PO!

Falamos  do entrosamento de Ênio e Beto, mas… Em um mundo estável é fácil! Esses dois viajaram mais que Frodo e Sam e tiveram mais atritos que Naruto e Sasuke, mas não deixaram de se amar nem por um momento sequer!

Esses dois funcionam juntos e sob pressão como nenhum outro casal, e às vezes até parece que C3PO é o único que ~realmente~ entende o que R2 quer dizer.

Briguinhas de casal esses tem de monte, mas afinal, eles foram fabricados um para o outro! São os únicos que se aturam! Afinal, conhecer toda a galáxia, ver impérios serem erguidos e caírem, ficar distante e brigar por várias vezes e ainda assim não se separar de verdade: isso sim é amor!

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All you need is love!

Piadas à parte, meus caros, todo amor é amor, e sendo verdadeiro, não há nada de errado com isso! Temos mais é que, como humanidade, nos apoiar e ajudar a suportar tempos e pessoas difíceis como os que vivemos hoje!

Não deixem de comentar o que acharam da estreia da coluna “Baboseiras do Barman”, de curtir nossa página no Face (ali do lado direito) e de compartilhar nossos posts e espalhar a palavra!

Até a próxima, caros leitores! Digam não à homofobia e “love the people”!

Youtube e os Youtubeiros #07 – Porta Dos Fundos

Booooooníssimo dia, tarde, noite ou éon, meu caríssimo leitor! Aqui quem vos fala é o recém saído de um período de férias Barman Verde, com mais um post escandalosamente fervilhante para o Pub! E dessa vez um dos bons para marcar o meu retorno! Adicionaremos mais um episódio à saga do Pub sobre os Youtubeiros, pela primeira vez com algo 100% tupiniquim (isso é, brasileiro, da terra do HUE BRBR HUEHUE)! Então puxem uma cadeira, sentem-se e relaxem: o post já vai começar!

Reconhece? Não??? Então onde o senhor tem vivido nos últimos meses??? Que decepção...

Reconhece? Não??? Então onde o senhor tem vivido nos últimos meses??? Que decepção…

Lá estava seu Barman, derpando pela internet fazendo coisas importantes, como de costume, quando meu parceiro, o Servente Vermelho me disse: “Você já viu aquele vídeo sobre o Spoleto?” e eu, muito caipira ocupado com coisas importantes, respondi “O que é Spoleto?”, e não só aprendi que era (para os outros caipiras ocupados como eu) uma rede de fast food que consistia em um sistema de  montagem da sua própria macarronada no qual, muitas vezes, os atendentes eram… Erm… Ligeiramente rudes. Então vi o vídeo, e foi aí que tudo começou…

E esse vídeo levantou uma série de perguntas no meu interior: O que esses atores que sempre fazem papéis pequenos e “meh” em coisas da Globo estão fazendo juntos? Por que são tão engraçados aqui e tão “meh” na televisão? Quando se juntaram? Existem mais desse? O humor brasileiro não estava em baixa? Como são tão engraçados?O que é “Porta dos Fundos”? E acima de tudo: “Eles são rudes assim mesmo no Spoleto?”

E o interessante é que não era só eu que me perguntava essas coisas: os outros 5 milhões de acessos a esse vídeo também se perguntavam e, assim como eu, começavam a procurar por mais…

Acontece que, cansados dessa baixa do humor brasileiro, causada em grande parte pelo decoro à que se força a TV, um grupo de comediantes percebeu que com a internet, como diz seu site, “produzir conteúdo audiovisual voltado para a web com qualidade de TV e liberdade editorial de internet.” Curto e grosso.

Em março de 2012 se uniam o diretor Ian SBF e os comediantes e roteiristas Fábio Porchat (protagonista do vídeo aqui de cima), Gregório Dudivier, João Vicente de Castro e o criador do mítico site de huor Kibe Louco, Antonio Pedro Tabet e, cansados de figurar nas sombras da TV brasileira como personagens minúsculos, co-autores, entre outros, fazem, como já havia sido feito uma vez na história do humor brasileiro de esquete, um salto para a iniciativa própria, só que dessa vez, diferente da anterior (dos roteiristas de “TV Pirata” fundando o “Casseta & Planeta” dos anos dourados), que foi ainda com a dependência de terceiros, pela TV, um salto de verdade para a produção independente: nascia o Porta dos Fundos, um canal de humor brasileiro de qualidade, realmente hilário e com liberdade de expressão total.

Inauguravam assim, oficialmente, uma nova era do humor brasileiro que, apesar de já se esboçar timidamente, nunca tinha tomado tais proporções.

Já com 2 milhões e meio de inscritos e com 222 milhões de visualizações, o Porta dos Fundos é o maior canal de humor brasileiro e o 66º maior do mundo! É o Brasil mostrando a que veio! Com seu humor desbocado e que não deve a ninguém, o Porta já conquistou o público internauta brasileiro e pode assistir à televisão tentando se dobrar à internet ou tentar engoli-la, mas aí vem a melhor parte: esse já é um daqueles fenômenos que, apesar de não ser exibido por nenhuma iniciativa que não a própria, roda de boca em boca. A TV não falou sobre mas todo mundo conhece!

O canal segue firme e forte, com esquetes novas toda segunda e quinta feira, além do canal secundário (link no final do post) com making ofs, o “Fundos da Porta” e, segundo seus idealizadores, sem nenhuma pretensão de ir para a TV. Melhor assim!

E o aviso do Pub: assim como os livros do Capitão Cueca, o Porta ganhará um filme próprio esse ano! E é claro que o Pub estará lá, afinal, é sempre divertido ver a internet vazar para a vida real!

Gostou do Post? E de ROLA compartilhar? Gosta Também? Então não deixe de curtir nossa página no face, compartilhar nossos posts, marcar os amigos e falar sobre o Pub? ESPALHEM A PALAVRA, OH, FILHOS DA INTERNET!

Porta dos Fundos – http://www.youtube.com/portadosfundos
Fundos da Porta – http://www.youtube.com/fundosdaporta
Site oficial – http://www.portadosfundos.com.br/

A Invasão das #hashtags

Após um longo período de hibernação, os funcionários do Pub menos ordinário das ruelas internetais vão acordando aos poucos de seuprofundo sono. E quem chega, das cinzas retornando, é seu favoritíssimo, queridíssimo e carismático Servente Vermelho.

Agora, feitas nossas comuns apresentações, vamos falar sobre o recente “trending topic” da Internet inteira, um fenômeno comumente repetido nas redes sociais, e que até nos alcançou no plano material: as temidas “hashtags” (#). Mas o que diabos é uma hashtag? “Cerquilha” ou “Cardinal”, é (ou melhor dizendo, “era”) um símbolo universal que representa um número qualquer; mas, para os mais íntimos, chamamos as tais “hashtags” de “Octothorpe”. Criado na década de 60 por Don Macpherson, um supervisor da Bell Labs (uma empresa informática norte-americana), para acesso de serviços de dados. Na música, é até utilizado para sinalizar o sustenido, que são meios tons acima da nota usual.

“Ain, Servente, cê tá enrolando aí e não falou do que é a hashtag #chatiada.”

Acalme-se, criança descontente e chateada. As hashtags agora são popularmente usadas para exprimir ideias e frases por meio de apenas uma ou duas palavras, como no exemplo acima. A criatura utiliza-se de “#chatiada” para exprimir sua condição de estado.

“Ain, Servente, por que isso tudo, meu??? #confusa.”

O uso das hashtags se torna popular com a massificação de microblogs, como o Twitter, nos quais temos um limite para exprimir nossas ideias em um tweet de 140 caracteres. E por isso, ao invés de desperdiçarmos nossos preciosos caracteres digitando “Estou chateada.”, digitamos “#chatiada”. No Instagram, as fotos são classificadas em hashtags, auxiliando a procura e busca de fotos específicas. Por exemplo, se o seu Servente quiser procurar por fotos de Berlim, ele procurará pela hashtag “#Berlin” ou “#berlin”. Prático, não? Ainda, no Tumblr, o sistema das tags é o mesmo. Ao postarmos coisas, desde textos até links e fotos, há a bara de tags, em que apenas digitamos o nome da tag, e apertamos o botão da vírgula para escrever ainda mais uma tag para classificar este post com mais tags. Há também quem converse por meio das tags também. Exemplo:

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As hashtags tornaram-se também ótimos recursos de humor, que, sabendo ser utilizados e introduzidos (#ui) no momento certo, causam reações cômicas inesperadas. Mas seriam elas os novos memes? E por quanto tempo mais será que sobreviverão até ficarem obsoletas como as outras formas de humor? Será que podemos fazer algo para salvá-las? Que tal uma…

#sopapánois?

Enfim, espero que tenham se divertido com essa matéria pouco útil, e até a próxima! #beijocas #molhadas #partiu #jogar

(Obs.: Fiquem atentos aí! Faremos um sorteio do nosso blog em breve!)

Torresmo (#14) e os Youtubeiros (#06) – Fistful of Rupees

Booooooooníssimo dia, tarde, noite ou éon, leitor do Pub! Aqui quem fala é o sempre ativo Barman Verde com um post muito… Pouco usual.

Podemos dizer que esse post é filho do Torresmo e Caipirinha com um Youtube e os Youtubeiros, mas sempre houve um pouco de dúvida sobre a paternidade pertencer ao Youtubeiros ou ao Prato do Mês…

Não, meus caros, eu não endoidei completamente. Apenas parcialmente, mas isso é o de sempre. Dessa vez falaremos de um web-movie da “Game Station” (daí Torresmo/Youtubeiros) que é um mash-up (uma mistura) de um faroeste com um jogo muito conhecido (daí Torresmo/Prato do Mês). E sim, isso existe.

Senhoras e senhores, sem mais delongas: Fistful of Rupees (“Por um Punhado de Rupees”), uma mistura de “Por um punhado de dólares” (“Per un pugno di dollari” ou ” A Fistful of Dollars”, de 1964, dirigido por Sergio Leone) e da franquia lendária DERP Legend of Zelda. Lá vai!

O filme, infelizmente sem versões legendadas ainda, é um curta metragem que narra o choque de interesses entre o forasteiro no “condado” de Hyrule (Link), uma moradora interessada no bem da região (Zelda) e o coronel que comanda a região (Ganon), quando os três tentam achar um tesouro do qual cada um tem uma parte do mapa.

O curta (de apenas 21 minutos) tem referências claras ao jogo DERP2 e a vários clichês do estilo faroeste, que às vezes se encaixam perfeitamente e de maneira divertida (como se percebe no clímax do filme…) e ainda melhor quando você conhece o jogo ou os filmes.

Como filme independente (coisa que pelos anos 80 era sinônimo de filme “trash”) para internet (que até pouco tempo atrás significava não “trash”, mas malfeito) o file mostra que os youtubers estão chegando com tudo e deixam pouco a desejar quando se comparam com a grande indústria do entretenimento, que com a era digital começa a se democratizar de fato. Esse, por exemplo, se destaca no roteiro (Nathan Kitada), na direção de fotografia (Ed Chen), figurino (Sulai Lopez), música (Brian H. Kim) e direção (Nathan Kitada & Aaron T. Umetani), deixando um pouco a desejar, porém, em algumas atuações, como a de Zelda (Lisa Foiles) e surpreendendo em outras, como a de Ganon (HiimRawn).

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O curta é dividido em três partes nomeadas (curiosamente) “A Sabedoria”, “O Poder” e “A Coragem”, que são os significados das três partes da Triforce, artefato em torno do qual  o jogo gira.

Filmes independentes feitos POR youtubers PARA o Youtube são uma tendência que se faz cada vez mais forte atualmente (MisteryGuitarMan e o seu “Meridian”, os criadores de Dick Figures e seu filme em produção, Ray William Johnson e “Riley Rewind” etc) com o crescimento dessa parte da indústria do entretenimento, um fenômeno no qual seu Barman é muito interessado, ou seja: talvez eu fale de outros! Não deixe de dizer nos comentários o que achou do post, para podermos decidir se faremos ou não  mais desses!

Bem… Por hoje é só! Não deixe de curtir, comentar, compartilhar o post (ESPALHEM A PALAVRA!!!) e curtir nossa página no LivroCara (Facebook).

Até a próxima e “sua jornada é muito perigosa! Leve este post!”.

O Segundo “Prato do Mês”

AVISO: Esse post foi escrito por um gamer de habilidades muito duvidosas que, na verdade, não entende nada de games. Sinta-se à vontade para ignorar tudo o que for dito sobre o lado técnico do jogo.

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“COMO QUE PULA NESSA BAGAÇA???”
Uma foto do Barman Verde jogando. Quanta habilidade…

Booooooníssimo dia, tarde, noite ou éon, meus caros! Aqui quem fala é o seu polivalente Barman! Dessa vez para falar de… Um game! Isso mesmo! Decidi adicionar algo novo ao meu currículo e isso foi o que apareceu, então… Senhoras e senhores: a minha pessoa falando de games em um segmento que estava moribundo aqui no blog: o Prato do Mês!

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O leitor gosta de “Hotline Miami” (Dennaton Games, 2012)? Que pena. Não é desse jogo que vamos falar.

Vamos falar de seu predecessor, o (respira fundo) “Keyboard Drumset Fucking Werewolf”, cuja arte de capa está acima. E o jogo faz tanto sentido quanto o nome ou a capa, que parece ter sido tirada dos sonhos de uma criança esquizofrênica que tomou ácido…

A história em resumo é: você é um jovem vestido em agasalhos (porém sem calça) que se torna um lobisomem e tenta matar uma cabeça de unicórnio flutuante com uma arma feita dos ossos de suas vítimas. E sim, eu estou falando sério.

Ainda tenho que me decidir: isso é lindo, macabro, ou ambos?

Ainda tenho que me decidir: isso é lindo, macabro, ou ambos?

Apesar das artes de capa incríveis, os gráficos do jogo são muitíssimo simples: apenas uns punhados de pixels piscando loucamente com cores berrantes, o que, vamos combinar, é mais que o suficiente pra se divertir pra caramba!

Na verdade, “berrante” é uma ótima definição para os gráficos e para o dinamismo das imagens. Elas tem aquela velocidade e força que fariam a família Simpsom ter um ataque epilético. (Falando sério agora: se você tem epilepsia fotossensível fique longe desse jogo! O Pub não recomenda)

Um lobo imponente e altivo: o perfeito oposto do jogo

Um lobo imponente e altivo: o perfeito oposto do jogo

Apesar da jogabilidade minúscula se comparada com a que eu, jogador de RPGs mainstream, estou acostumado, o jogo, com suas sete tarefas simples e variadas e controles extremamente simples, ainda assim é incrível, e funciona como um ótimo e divertido passatempo, sobretudo pela aleatoriedade, algo que vem sendo comum entre alguns jogos indie como esse.

Um print da segunda tarefa: se tornar um lobisomem

Um print da segunda tarefa: se tornar um lobisomem

Se você for um gamer melhor que eu (que levei horas para isso) e zerar o jogo de primeira, não terá perdido mais do que 5 minutos de sua vida, mas CUIDADO!!! Se você morre (o que pode acontecer pelo tempo ter acabado, por você ter morrido ou por não ter completado sua tarefa) em qualquer uma das tarefas, é obrigado a recomeçar da primeira, o que pode tornar o jogo muito mais frustrante, divertido e viciante. Eu mesmo nunca fiquei tão fissurado com um jogo desde Kingdom Hearts ou God of War.

Outro gigantesco win do jogo é a trilha sonora, que é composta de apenas uma única música sincronizada com as tarefas, de modo que você só ouve a música como um todo e sem repetições se zerar o jogo de primeira o que é pouco provável…

Essa música é como uma benção e uma maldição ao mesmo tempo: você vai se pegar cantarolando durante o jogo ou querendo simplesmente colocar o jogo no mute. E essa música, a “Keep my adresse to yourself, cause we need secrets!”, de uma banda chamada “Fucking Werewolf ASSo” (que inspirou o nome do jogo) pode lembrar os fãs de Scott Pilgrim da “Sex Bob-omb”, com seu estilo indie sujo e sem sentido que beira o punk e que todos adoramos.

O jogo, uma produção indie, foi desenvolvido por Jonatan Söderström, também conhecido como “Cactus” e é gratuito! Segue o link para download:

http://cactusquid.blogspot.com.br/2011/10/keyboard-drumset-fucking-werewolf.html

Bem meus caros… É isso. Um post curto e de alguém inexperiente, mas de coração. Se vocês gostaram de ver o Barman falar de games ou não, não deixem de avaliar nos comentários, e quem sabe não falo de algum outro que vocês sugerirem?

Curtam, comentem, compartilhem e ESPALHEM A PALAVRA!

Em nome de todos aqui no Pub, obrigado pela leitura e tchau!

 

Torresmo e Caipirinha #13 – Django Livre (Django Unchained)

FINALMENTE!!!

Sim meus caros!!! Mesmo depois de 21 dias depois da estreia em países de língua inglesa, apesar da ausência de sessões legendadas na minha região, mesmo tendo perdido a sessão das das 14:30 e ter que esperar até à das 18:00 morrendo de fome… EU VI! EU VIM! EU VENCI!

Senhoras e senhores, dessa vez sem delonga alguma: DJANGO LIVRE!!!

Ah Django... Só posso dizer: "Parla!"

Ah Django… Só posso dizer: “Parla!”

Por onde começar??? Tantas coisas… Tantos… Pontos… Altos…

Ok, vamos começar assim, mesmo sendo uma tiete louca  um grande fã do diretor, Quentin Tarantino, e mesmo tendo criado grande expectativas de todo o tipo sobre o filme, ainda consegui me surpreender (MUITO) com a qualidade de tudo no filme, ter reações patéticas, sentar na beira da cadeira com o queixo no chão e os olhos lacrimejando (tanto como de não piscar como de ver uma obra de arte singular) e comer pipocas, unhas, dedos, braços e cadeiras como se nunca tivesse visto um filme na vida. Que tal?

Muito vago ainda?

Concordo plenamente!

Por personagens então! Um, dois, três e valendo!

E então? Estiloso ou estiloso pra c******?

E então? Estiloso ou estiloso pra c******?

O filme começa nos mostrando a jornada de Django (o ator, músico, radialista, comediante e perito em croissants (só que não) Jamie Foxx), acorrentado a três outros escravos negros e sob a vigilância de dois mercadores de escravos, montados e armados, através de longas distâncias, sob o sol forte e pela noite fria das regiões ao sul da América do Norte, mas precisamente Texas, no começo da história.

O ator domina o personagem perfeitamente e se aproveita do espaço dado por Tarantino para os atores realmente atuarem (coisa que, por incrível que pareça, é rara hoje em dia) e é magnético durante todo o filme, sempre muito comunicativo mesmo quando não fala nada. Ele deixa o personagem fluir através de si e se torna Django.

Agora, por mais que sua atuação seja boa, ela é só o topo do iceberg. Daqui em frente só melhora.

Dentista de formação, caçador de recompensas de profissão... É... Não tá fácil pra ninguém...

Dentista de formação, caçador de recompensas de profissão… É… Não tá fácil pra ninguém…

Mas eis que, enquanto os escravos andavam pela noite, uma carruagem suspeita se aproxima… Balançando comicamente sobre ela, um… Dente gigante??? Sim sim, meus caros, pois se trata da carruagem do Dr. dentista King Schultz (o austríaco genial Christoph Waltz, que surgiu para o mundo holywoodiano com “Bastardos Inglórios”, também de Tarantino, pelo qual foi amplamente premiado, feito que já se repete em Django).

O Dr. Schultz, atualmente atuando como caçador de recompensas, precisava de alguém que pudesse reconhecer os rostos dos irmãos Brittle, procurados, e Django é um dos poucos que podem ajudar. Ele liberta Django e pede sua ajuda: daí surge uma grande parceria, amizade, história e missão, pois Django foi separado de sua mulher, Broonhilda, e contará com a ajuda de Schultz para encontrá-la…

Assim como em “Bastardos”, Waltz brinca com as cenas tensas e nos faz, com um talento avassalador diguidim diguidim, rir apesar de estarmos na beira da cadeira roendo as unhas… Não é a toa que foi indicado para o Oscar de melhor ator coadjuvante…

O nome “Schultz” soa familiar? Não? Reveja Kill Bill volume 2 e pense na região em que se passa a história para uma surpresa…

"Vocês já tinham minha curiosidade, mas agora têm minha atenção..."

“Vocês já tinham minha curiosidade, mas agora têm minha atenção…”

Mas quem disse que reencontrar Broonhilda seria fácil? No caminho da dupla ainda há Calvin J. Candie, um playboy, latifundiário e proprietário de escravos (incluindo Broonhilda). E ele não está afim de facilitar as coisas…

No melhor papel de sua carreira, Leonardo DiCaprio consegue a curiosidade, a atenção e o ódio (nessa ordem) de todos os espectadores, brincando com nossas emoções como todo vilão habilidoso deveria  ele prova mais uma vez, assim como Brad Pitt provou, que não é só um rostinho bonito e justifica seu destaque!

Uma curiosidade: na cena em que Candie pira, esmagar um copo com a mão não era parte do roteiro, ou seja, DiCaprio surpreendeu a todos ali e talvez até mesmo a si próprio ao fazê-lo. O corte e o sangramento não o impediram de continuar a cena, dando ao seu ar psicótico ainda mais veracidade, criando uma cena que sozinha é uma obra de arte e que será lembrada por anos como um epic win de atuação. Uma salva de palmas: ele foi foda.

#PapagaioDePirata. Ou será que não?

#PapagaioDePirata. Ou será que não?

Django Livre pode ter sangue, atitude, uma história épica e humor ácido, mas ainda falta algo que praticamente todo filme de Tarantino deve ter… Sim! Falta Samuel L. Jackson!

Aqui o eterno bad motherfucker incorpora, também de maneira incrível, o escravo Stephen, de longe a figura mais cômica do filme, o criado de Calvin Candie mostra ter uma mente bem simples e corroborada pelo patrão, além de ser bem estúpido. Ou será que ele guarda algum segredo?

~suspiro~

~suspiro~

E temos, finalmente, Broonhilda von Shaft, a escrava criada por alemães que inspirou toda essa aventura e o amor de Django.

Interpretada por Kerry Washington, Broonhilda tem uma participação diminuta no filme, mas sendo ao mote dessa aventura e incrivelmente linda, não será esquecida tão cedo…

Outro poster do filme

Outro poster do filme

Apesar de o Hobbit ter sido o filme que mais fez barulho no ano todo, retiro minhas palavras e digo: Django Livre é, de longe, o filme do ano.

E mais uma vez #GettingReallyTiredOfYourShit, Tarantino prova e dá aulas a quem quiser aprender cof cof PETER JACKSON cof cof de como é possível manter um estilo e ainda assim surpreender crítica e público. Mas Jackson merece um desconto: ele e Tarantino não estão na mesma pegada vendido…. O diretor acertou em tudo.

Cuidado: artista trabalhando

Cuidado: artista trabalhando

O diretor, que aliás, como em todos os seus outros filmes, faz uma ponta nesse, não erra o alvo uma vez, chamando a atenção principalmente para um fator: o enquadramento.

O filme não tem UM (e isso não é uma hipérbole), UM enquadramento feio sequer, tornando a experiência, inconscientemente para quem não percebe isso, infinitamente mais agradável e bela. Tão bela que será comum a comparação do filme com uma HQ.

Isso mesmo. Ao contrário do Spielberg de”Tubarão” e “E.T.”, Tarantino não faz uma HQ que é um filme, com roteiro simples e cenas estereotipadas, mas um filme que é uma HQ. Tão perfeitos são os seus enquadramentos que pode-se acreditar que ele rascunhou cada take do filme antes de filmá-los. Simplesmente incrível.

Quando você ensina Spielberg a jogar o próprio jogo, você já é um mestre dos mestres

Quando você ensina Spielberg a jogar o próprio jogo, você já é um mestre dos mestres

Bem, meus caros, em resumo: Django é divertido, eletrizante, bem feito, forte, engraçado, profundo e ainda assim consegue pegar onde dói na sociedade estado unidense e ocidental como um todo, sobretudo no papel de Calvin Candie, que escancara muitas interações preconceituosas que até hoje são idênticas, tanto em nível social como em nível profissional.

DJANGO LIVRE É UM FILME OBRIGATÓRIO DE SE VER!!!
NOTA – 11/10 – PERFEIÇÃO

Torresmo e Caipirinha #12 – Detona Ralph (Wreck-It-Ralph)

Seu Servente nunca descansa só em horário de happy-hour! E cá estou eu, prolongando o meu killstreak no Pub com MAIS UM post! “Affs, Servente, você só assiste filme pra criancinhas e-” Ahem, venho ainda mais uma vez postar a minha review sobre uma animação da Disney, “Detona Ralph” (“Wreck-It-Ralph”)!

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Vamos ao enredo! “Detona Ralph” se trata da mudança de rotina que Ralph decide realizar. Também, depois de três décadas quebrando as vidraças de um prédio para vê-las sendo consertada pelo protagonista do jogo Conserta Felix, Conserta Felix Jr. (“Fix-It-Felix”), e ser tratado rudemente pelos personagens do jogo, ele decide sair do jogo, em busca de uma medalha de herói para mostrar a todos que ele também pode ser um herói. Ao longo do filme, ele vai parar em outros jogos, como “Missão de Herói” (“Hero’s Duty”) e “Corrida Doce” (“Sugar Rush”). O que acontece é que, depois que o Ralph sai do jogo sem avisar o pessoal, e as pessoas acham que o jogo quebrou. O jogo, estando em manutenção corre o risco de ter a máquina no flíper desligada, depois de 30 anos funcionando. Ainda, após ter adquirido a bendita medalha, Ralph acaba “despertando” um tipo de vírus, que põe o funcionamento do fliperama inteiro em risco. Em poucas palavras, o Ralph precisa voltar para o jogo. E rápido.

Agora, vamos ao trailer:

O filme é dirigido por Rich Moore, o cara dos Simpsons e do Futurama, e é muito bem animado (como todos os filmes da Disney). A quantidade de detalhes no filme é surpreendente, mas o meu preferido com certeza foi a textura da camiseta do Ralph. Entretanto o que mais chama a atenção no filme é a quantidade de “Easter-Eggs” e referências a outros jogos. Logo no começo, Ralph está numa dessas reuniões de Narcóticos Anônimos, só que de vilões. Lá, encontramos figuras famosas, como o Zangief (Street Fighter), M. Bison (Street Fighter), o fantasma do Pac Man (Pac Man), Bowser (da série Super Mario), o Dr. Eggman (da série Sonic) e até mesmo um zumbi (da série House of Dead). O próprio jogo “Conserta Felix” é baseado no jogo Donkey Kong, na qual Mario (antes chamado Jumpman) tinha que salvar uma moça das garras de um gorila. Só que não há moças, gorilas ou encanadores. O jogo “Missão de Herói” (“Hero’s Duty”) leva-nos a lembrar de outro jogo muito conhecido pelos gamers, Call Of Duty. Se bem que o jogo em si me pareceu uma mistura de Call of Duty, Halo e Star Fox. “Corrida Doce” (“Sugar Rush”) lembra bastante Mario Kart, só que num lugar feito de doces, onde os torcedores são doces e os corredores são garotinhas tipo “Moranguinho”. Ainda, numa cena (uma das minhas favoritas), Ralph está procurando por uma medalha em uma caixa de papelão velha. De lá, ele tira um cogumelo vermelho (da série Super Mario) e um ponto de exclam ação vermelho (típico da série Metal Gear).

Sergeant Calhoun, em toda a sua “maneirice”. Com certeza o personagem mais másculo do filme.

Então, de maneira bem sucinta, “Detona Ralph” é adequado para praticamente todos os públicos. Ele tem esse lance MUITO infantil e meloso, com conversinhas fofinhas entre o Ralph e a garotinha Vanellope von Schweetz para as crianças, momentos emocionalmente épicos (perto do final) para os mais crescidinhos, momentos de raciocínio gamer e outros simplesmente desapontantes.

O filme foi uma tentativa meio falha de conciliar o infantil, com o adulto, com o meio-termo, digamos. Sim, o filme tem sim alguns pontos bons aqui e ali, mas ele não consegue fazer tudo isso de uma vez. As cenas de ápice emocional foram muito breves, e a emoção não teve tempo o suficiente para perdurar no consciente. Ainda assim, HOUVE UMA CENA que conseguiu tal feito. Mas digamos que eu nunca fiquei tão desapontado com um resgate épico. Sei lá, é aquele sentimento de “vamos fazer esses personagens sofrerem por mais um pouco” entrando em ação no meio do filme. As partes infantis não foram infantis de “ai, que catchito, coisinha mais linda”, mas infantil de “porra, vamo logo, coisa chata”. O enredo meio que se perde nele próprio, e pra alguém que joga, é até um pouco previsível. Achei um pouco difícil para as crianças assistindo acompanharem o enredo, pelo fato de se utilizar de muitos termos técnicos, como “bugs”, “glitches” e “tilts”.

O filme tem seus momentos marcantes, como o lema “Sou mau, e isso é bom. Eu nunca serei bom, e isso não é mau. Não há ninguém que eu queira ser além de mim.”

O final é satisfatório. Ponto. Mas engraçadinho e bonitinho no estilo Disney, claro.

Na verdade, o saldo do dia só saiu no lucro por causa do curta-metragem apresentado antes do filme, chamado Paperman.

Um dos poucos curtas que conseguiu prender minha atenção do início até o fim. Um curta bonitinho e muito bem feito. Chega até a ser emocionantezinho, graças à trilha sonora, além de engraçadinho também.

(Obs.: consertei o link, já que o vídeo anterior havia sido bloqueado. Bem, a Disney decidiu lançar o vídeo oficial, e, graças ao Supremo, podemos assistí-lo em HD)

Então… É isso! Espero que tenham gostado e até a próxima! (Obs.: acessem o nosso feici :3)

Tumblr: A rede social antissocial.

Okay. Vamos começar do básico. O que é uma rede social? Basicamente, um site em que muitas pessoas – muitas pessoas mesmo – se conectam diariamente e interagem com outras pessoas, sejam elas conhecidas ou desconhecidas. Desde o infame Orkut ao badalado Facebook, Twitter, MySpace, LiveJournal e por aí vai. Você se expõe ao mundo, que por sua vez, se abre (hmmm) para você. Você compartilha as suas ideias, os seus pensamentos e conhece pessoas que pensam como você, curtem o mesmo estilo de música e estilo de vida. Daora, né? As redes sociais tinham tudo para dar certo, mas… POR QUE CARALHOS VEMOS APENAS DISCUSSÕES? São páginas e mais páginas de discussões e brigas desnecessárias… Gente cuspindo argumentos uns nas caras dos outros e aquela chacina à nossa língua lusitana.

Agora vamos ao assunto principal: o Tumblr. “servente vremeiu tambler eh coiza di ripster nozentinhu i dji muiézinha eu sow zik falw morou véi”

O dito-cujo.

O dito-cujo.

T-tá. E é aí que a rigorosa seleção natural se encarrega de levar adiante OS ESCOLHIDOS. Provavelmente, muitas pessoas acham que o Tumblr é um lugar cheio de arco-íris em efeito sépia, cheio de fotinhos instagramadas de cachorrinhos e aquelas frases “Ai, toda garota má já pisou em bosta de unicórnio…” (Ênfase nas reticências). Sim, também há esse lado hipster das coisas. E, verdade seja dita, a maioria dos usuários são do gênero feminino. Mas vocês conhecem o LADO SOMBRIO do Tumblr? O lado habitado pelas fangirls convulsionantes que simplesmente “não podem”, das garotas que se comunicam com outras batendo as cabeças no teclado e que choram por personagens fictícios e seus casais?

Você veio à vizinhança errada.

Você veio à vizinhança errada.

Espero que não estejam assustados. Porque isso aqui foi só um aquecimento. Como eu disse antes, muitas garotas utilizam o Tumblr. Algumas desenham, outras escrevem, outras fazem os dois, e outras simplesmente passam o dia inteiro sentadas ali rindo/babando/chorando/convulsionando sobre as coisas triviais da vida. Para os fãs de Harry Potter, aqui está uma das provas do nível de aleatoriedade dessas garotas:

Nasce um deus...

Nasce um deus…

Ahem, voltemos ao assunto. Mas por que rede social antissocial? Simples. Essas… criaturas são aquelas garotas que ficam na delas o dia inteiro. Que não frequentam todas aquelas festas e preferem ficar o dia inteiro em casa na Internet. Ou, para ser mais claro, no Tumblr. São aquelas garotas que na aula ficam quietas, rezando para que não sejam notadas por ninguém. Nem mesmo o amiguinho do lado. Elas fazem essa cara de nada o dia inteiro, porque quando sozinhas se trANSFORMAM NUM DEMÔNIO DE OUTRA DIMENSÃO, PARA REALIZAR SEUS DIÁRIOS RITUAIS PENTAGRAMÁTICOS. Mentira, elas são pessoas que TENDEM a não se misturar com as outras pessoas de nossa sociedade atual.

Olhe para essa pessoa. Com certeza alguém do Tumblr.

Olhe para essa pessoa. Com certeza alguém do Tumblr.

O Tumblr é um lugar de conspirações e uma ameaça em potencial às pessoas que querem manter-se sãs. É um caminho sem volta. É UMA FILOSOFIA DE VIDA. Mas, acima de tudo, esta rede social em especial é criada por seus usuários. Tudo aquilo que está ali foi feito por alguém; alguém simples, como você! E uma vantagem dele é que podemos utilizar os famosos Gifs, como este aqui:

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Sublime. Simplesmente sublime.

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A rotina de quem passa os dias neste site…

Agora vamos a outro tópico, sim? Vamos entender o que acontece nessa rede soci- TUDO. TUDO ACONTECE LÁ. A gente de lá é pirada. Podemos ver gifs, vídeos e reflexões traumáticas sobre shows e desenhos da categoria “Nostalgia”, como por exemplo todos aqueles filmes da Disney que assistimos até decorarmos as falas. As pessoas são loucas por séries, filmes, jogos e animes, como “Supernatural”, “Sherlock”, “Os Vingadores”, o recente “Hobbit”, “A Origem dos Guardiões”, “Homestuck”, “Game of Thrones”, “House”, “Doctor Who”, “The Big Bang Theory”, e por aí vai. Ah é… Vale falar que os fãs de cada um desses filmes, séries, etc, formam uma comunidade chamada “fandom”.

E eu nem vou começar sobre o fato de as pessoas shippa- ESQUECE, JÁ COMECEI. O que rola aqui é o fato de as pessoas “shipparem” personagens, fictícios ou não, heterossexuais ou não. Calma lá. Vamos devagar. Vamos supor que você, por algum motivo, esteja assistindo a uma novela; E QUER QUE AQUELES DOIS FIQUEM JUNTOS. Pronto, você está oficialmente “shippando” o casal. “Shippar” vem do termo “ship”, de navio mesmo, eu sei lá o porquê. E o momento mais polêmico do post… Não, não são os mamilos. E se você shippasse um homem… com outro homem? Pois é. Mulher com mulher também acontece. Não importa de que fandom você seja, você sempre se deparará com ships. E seus problemas, como a guerra de ships. A Guerra de Ships acontece por inúmeros motivos, mas principalmente pelo seu ship não condizer com o do amiguinho. E como seres humanos, vocês discutirão educadamente ou não a respeito desse atrito.

E tudo pode ficar mais complicado, filhos. A jornada pelo Tumblr é perigosa. Eu venho de um lugar sombrio, onde garotas batem as cabeças no teclado e arrancam seus cabelos por seres fictícios, onde o mundo já acabou e está sendo recriado numa dimensão paralela, onde países são personificações, onde a homossexualidade é aceita, onde tudo era normal até que a Nação do Fogo atacou. Onde viajamos no tempo numa cabine de telefone, onde pessoas são anjos e demônios, onde estátuas de anjo não são meramente estátuas de anjo, onde todos querem saber o que aconteceu em Budapeste, onde assassinos ainda lutam contra templários e onde o Capitão América engravida o Homem de Ferro.

Lembrem-se: É uma viagem sem volta. As primeiras semanas são difíceis e você passará por transformações ao longo de sua viagem.

E o que eu aprendi com o Tumblr? Que você não precisa de drogas para ficar drogado, huehuehue. Até a próxima!

Torresmo e Caipirinha #11 – Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds)

Boooooooníssimo dia, tarde, noite ou éon, Julianas, Caróis, Lucases, Matheuses e o 1% da população mundial que não tem esses nomes! Sejam benvindos a mais um Torresmo e Caipirinha! Dessa vez alcançamos os dois dígitos galera! E com estilo!

Seguimos com a nossa maratona de posts sobre o diretor Quentin Tarantino, cujo novo filme “Django Livre” (“Django Unchained”) estreiará em terras tupiniquins dia 18 de janeiro, mesmo que nos EUA já esteja em exibição desde o Natal… Braaaaaasil-sil-sil sil…

Dessa vez falamos da última obra do diretor antes de Django. Falamos do filme que disputa o lugar de “melhor filme de Tarantino” com Pulp Fiction. Senhoras e senhores, crianças e crianços de todas as idades: Bastardos Inglórios! (“Inglourious Basterds”, 2009)

Dessa vez em seu oitavo filme, o diretor vem de maneira mais madura, mas sem perder nada do seu charme, contar as histórias de um batalhão chamado “Bastardos Inglórios”, liderado por ldo Raine, ou Aldo, o Apache (um Brad Pitt numa atuação boa e hilária, mas que não revela todo o seu potencial), da judia Shosanna, que assume a identidade de Emanuelle Mimeux (Mélanie Laurent, uma atriz francesa em uma das melhores atuações do filme) e do antagonista de ambos, o sacana e brilhante oficial da SS Hans Landa, interpretado pelo duas vezes mais genial Cristoph Waltz, ganhador de uma caralhada de prêmios (incluindo um Oscar de melhor ator coadjuvante) muitíssimo merecidos e que, vale lembrar, estrela, ao lado de Jamie Foxx, Django Unchained.

Reescrever a história: alguns não podem, outros são Tarantino.

Reescrever a história: alguns não podem, outros são Tarantino.

Sendo um daqueles filmes do diretor que (como 90% deles) cheira a Tarantino, o filme tem tudo a que tem direito: diálogos incríveis (sobretudo a negociação com Landa, que pode muito bem ter, sozinha, rendido o Oscar a Cristoph Waltz) e, dado o clima de guerra, ainda mais tenebrosos e, assim como a ação e cenas de violência do filme, crus como só Tarantino conegue e tem coragem de deixá-los, afinal, que outro diretor colocaria um diálogo casual entre dois personagens enquanto um deles escalpa um soldado inimigo? Ou ainda a cena do Urso Judeu (Eli Roth), que esmaga a cabeça de um oficial alemão com um taco de baseball e aida assim conegue, enquanto o outro alemão chora, causar gargalhadas nos outros Bastardos e… Em nós! Tarantino desperta o que há de mais negro no nosso humor, mas sempre de uma maneira positiva e… Tão saudável quanto pode ser…

O taco usado pelo Urso Judeu, que assim como Aldo, o Apache, vira uma lenda temida entre os soldados das linhas alemãs.

O taco usado pelo Urso Judeu, que assim como Aldo, o Apache, vira uma lenda temida entre os soldados das linhas alemãs.

Apesar da atuação de Brad como Aldo (boa, mas não em níveis de Brad), o filme é recheado de atores e atuações incríveis, como por exemplo, e mantendo a tradição do diretor de usar atores locais em seus filmes (esse foi gravado em Paris), a já citada Mélanie Laurent como Shosanna, que aliás tem um de seus melhores momentos no filme ao som do todo-poderoso David Bowie, e os alemães Diane Kuger, como a beldade Bridget von Hammersmark, Til Schweiger, que atua muito bem como o sanguinário Hugo Stiglitz e, para mim a maior surpresa do filme, Daniel Brühl, já conhecido como o protagonista do filme “Adeus Lênin” (“Good Bye, Lenin!“, 2003) que faz um trabalho brilhante como Friederick Zoller, o stalker nazista de Shosanna.

O herói de guerra e astro do cinema alemão Frederick Zoller, encarnado por Daniel Brühl.

O herói de guerra e astro do cinema alemão Frederick Zoller, encarnado por Daniel Brühl.

Bem, concluindo, o que mais podemos acrcentar ao nosso Frankenstein de Tarantino?

Django Unchained terá:
1 – Os diálogos incrivelmente dinâmicos de Pulp Fiction
2 – A crueza na profissão “Caçador de recompensas” como em Pulp Fiction
3 – O clima de épico de Kill Bill
4 – Os personagens bem construídos de Kill Bill
5 – A fome de vingança d’A Noiva…
6 – Diálogos e cenas de violência crus e fortes como os de Bastardos
7 – Os ares densos de Bastardos

Bem… É o que tem pra hoje, amiguinhos! Fiquem ligados para a estreia de Django e para o próximo post do “esquenta” do Pub para Django (talvez eu fale de “Cães de Aluguel”, talvez de “Grindhouse”, não sei…).

Não deixem de comentar e nos dizer o que acham do blog, do post, do calor (tá calor né?) dar dicas sugestões ou mandar um abraço, sabe… Blogueiro é muito solitário…

Curtam, compartilhem, espalhem para os amiguinho que gostam de cinema, de Tarantino ou de blogs e, como diria Aldo o Apache em su italiano soberbo, tenham um bom dia!

"Baw Juorrrno", de Aldo e de todos do Pub! Fiquem ligados e até a próxima!

“Baw Juorrrno”, de Aldo e de todos do Pub! Fiquem ligados e até a próxima!